Carta de alforria
¨ Senhor juiz, peso-lhe licença para me dirigir ha vossa excelência.
- Sou uma mulher pessoa comum como qual quer outra.
Mas para mim, tudo é complicado, mas vou lhe explicar.
Aos meus 19 anos de idade meu pai, me emancipou
para eu me casar.
Já se passaram quase 37 anos desde então.
Senhor Juiz.
Já sofri vários tipos de agressão, desde verbal
até violência física, violência sexual pelo meu
marido.
- Só que quando sofri esses traumas não tinha a
lei da Maria da Penha.
Vi meus filhos serem agredidos, e ameaçados
e pouco pudia fazer.
Desde arma de fogo na mão de um anjo de 6 anos,
meu marido, colocou para dar um tiro em minha cabeça.
meu filho não teve força no dedinho, para apertar o gatilho.
Hoje meu filho tem 28 anos e carrega a dor de um pai violento.
Meu filho mais velho hoje com 36 anos saiu de casa muito cedo
para não mais conviver com a violência.
- Hoje eu estou com 56 anos e continuo numa mentira de
casamento feliz, já estou adoecendo por tanto sofrimento.
Procurei orientação de advogado, e ele me mandou esperar!
Meritíssimo, por favor o que devo esperar?
- Esperar por mais uma noite de tormento?
- Mais uma noite de violência?
- Não é muito justo Meritíssimo!
-Vi meus filhos crescerem e saírem de casa, e eu estou aqui
atrelada a um falso casamento?
-Não vejo conclusão.
- Meritíssimo, não quero bens adquirido durante esses quase 40 anos
-Unica coisa que quero é ser livre.
-Não quero propriedade, carro nada disso quero!
-Só quero poder sentar falar com minha família em paz!
-Poder receber minha família em minha casa
-Pode escrever minha história, sem violência .
-Não sei que tipo de advogado preciso, que entenda
não quero nada desse casamento, a não ser meus filhos
e minha dignidade, meu amor próprio!
-Meritíssimo, bens materiais, não da sustentação a nada
simplesmente, mostra quão enganosa e fútil são as pessoas
em que dividimos, a cama, um prato de arroz e feijão!
-Em achar que pode nos comprar com casa ou ( ou) uma mentira
de casal perfeitos.
Senhor Meritíssimo só quero uma clareza
vinda de vossa excelência
sei que tem as clareza de um ser superior da nobreza
o nosso criador.
O mesmo que temo e tremo como o senhor.
A ele me prostro e me reverencio
da mesma maneira ao senhor.
- Então peso por favor minha
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